Compliance no esporte: transparência como legado

O esporte emociona multidões, mas também movimenta bilhões. E justamente por isso, torna-se vulnerável a riscos de corrupção, má gestão e perda de credibilidade. Não é à toa que federações internacionais e clubes de ponta têm criado estruturas de compliance: sem transparência, o jogo perde legitimidade.

No Brasil, o esporte ainda carrega marcas de gestão pouco profissionalizada. Mas estamos diante de uma oportunidade: trazer as ferramentas de governança já conhecidas no mundo empresarial para dentro das instituições esportivas. Isso inclui códigos de conduta, canais de denúncia, auditorias independentes e regras claras de participação.

Mais do que proteger dirigentes, o compliance esportivo protege atletas, associados, patrocinadores e torcedores. Ele assegura que o resultado dentro de campo não seja manchado por práticas obscuras fora dele.

O legado de grandes eventos esportivos, como Copas do Mundo e Olimpíadas, não pode se limitar a estádios ou obras de infraestrutura. Precisa ser também cultural: transformar a forma como entendemos gestão esportiva. E isso só acontecerá se tratarmos o esporte como espaço de cidadania, onde ética e transparência sejam valores inegociáveis. Implementar compliance no esporte é, portanto, investir em futuro. É garantir que cada vitória seja resultado de mérito — e que cada derrota não seja pretexto para retrocessos institucionais.

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